quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Após investigação Fairplace suspende novos empréstimos - Veja Comunicado Oficial

Aos usuários da Fairplace,

Atendendo aos princípios de transparência e correção das operações que sempre se constituíram em preocupação fundamental da Fairplace, informamos pelo presente comunicado que fomos surpreendidos com a publicação na data de 14.12.2010 de reportagem apontando dúvidas acerca do sistema de leilões praticado pela Fairplace, entendendo que referida empresa é concedente direta de empréstimos, o que seria privativo de instituições financeiras e demais entes regulados pelo Banco Central, que NÃO é o nosso caso.

Como sempre afirmamos e nesse momento reiteramos, temos plena certeza da legalidade e consistência de nossas operações, as quais entendemos que após os devidos esclarecimentos se tornarão paradigma de um novo modelo de negócios, o qual, todavia, nesse momento, arca com o preço da inovação.

Por esse motivo e enquanto são esclarecidas as alegações apontadas pela reportagem, cautelosamente optamos por suspender a realização de novos leilões, sendo que as operações já concluídas permanecem intactas, em todos os aspectos obrigacionais assumidos pelos Investidores, Tomadores e Fairplace. Todos os procedimentos de cobrança e repasse aos investidores continuarão em plena operação.

Referendamos que a suspensão de realização de novos leilões é temporária, e se dará exclusivamente durante o prazo necessário para esclarecimento dos fatos imputados à Fairplace na referida reportagem.

Certos da compreensão de nossos usuários, ficamos à disposição.

Polícia Federal vai investigar site de leilões de empréstimos

O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar a atuação do site Fairplace, que faz leilões de empréstimos pela internet. Segundo o MPF, a investigação tentará identificar se o site cometeu crimes contra o sistema financeiro, atuando como banco sem devido registro. Se comprovados, os crimes podem implicar reclusão de até dez anos a seus responsáveis, além da aplicação de multas.

Lançado em abril, o site Fairplace conta com 20 mil usuários cadastrados e R$ 2,5 milhões já concedidos em empréstimos, segundo informa seu sócio-fundador, Eldes Matiuzzo, ao iG. Os investidores que oferecem o dinheiro e propõem taxas de juros precisam ser cadastrados no site. Ao todo, são 3 mil pessoas. De acordo com o executivo, os planos são de fechar o ano que vem com 80 mil usuários cadastrados e uma carteira de empréstimos de R$ 50 milhões.

A investigação do Fairplace, que ainda está no ar, foi solicitada ao MPF pelo Banco Central no dia 10 de agosto. Segundo nota do BC enviada ao iG, "a Fairplace não é uma instituição financeira autorizada a operar no mercado financeiro”. Ainda segundo a nota, as empresas que operam como instituições financeiras sem autorização estão sujeitas a penalidades.

Segundo o MPF, a apuração solicitada à Polícia Federal tem o objetivo de investigar se a Fairplace infringiu os artigos 5 e 16 da lei no. 7.492/86, que prevê os crimes contra o sistema financeiro nacional. O artigo 5 dessa lei diz que é vedado a qualquer empresa e pessoa sem registro apropriar-se de dinheiro, título, valor ou qualquer outro bem móvel de que tem a posse, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio. O desrespeito a essa norma implica reclusão de dois a seis anos, mais multa.
Pela mesma lei, no artigo 16, “fazer operar, sem a devida autorização, ou com autorização obtida mediante declaração falsa, instituição financeira, inclusive de distribuição de valores mobiliários ou de câmbio” pode implicar reclusão de um a quatro anos e multa.
Matiuzzo diz que não foi notificado sobre a investigação do Ministério Público. Ele afirmou que sua empresa não faz empréstimos, apenas presta serviços para quem quer fechar esses negócios. O executivo garante que antes de lançar o serviço tomou todos os cuidados com transparência e legalidade. Também nega que o site promova agiotagem. “O agiota é uma figura que cobra taxas extorsivas dos clientes, com coação e ameaças. No Fairplace é o contrário, os esforços são para diminuir taxas.”
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) registrou dois pedidos de investidores para que avaliasse os negócios da Fairplace. O primeiro não resultou na abertura de processo. O segundo ainda está em andamento. A CVM não revela o teor das investigações.
Copiado do Exterior
Matiuzzo, executivo com MBA pela universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conta que copiou o modelo de negócios da Fairplace em sites existentes nos Estados Unidos, como o Prosper, e na Inglaterra, a exemplo do Zopa, que se espalhou para países como Itália, Japão, Alemanha e Espanha. “Acompanhei os leilões desses sites e percebi o potencial, sobretudo num País como o Brasil, que tem juros muito altos.”
Para participar dos leilões, o usuário preenche um cadastro. Matiuzzo diz que a própria equipe do Fairplace checa os dados e a capacidade de pagamento dos tomadores de recursos. O site tem uma parceria com a Serasa, que fornece classificações de risco e sistemas de prevenção a fraudes.
Depois de ter o cadastro aprovado, o usuário é liberado para colocar seu pedido de empréstimo em leilão. A taxa máxima de juros que pode ser oferecida pelos credores é de 4,99% ao mês, e Matiuzzo conta que, em média, ficam em 3,5% mensais. Os leilões duram algumas horas e o dono da empresa diz que os credores são incentivados a emprestar pouco para muitas pessoas, como uma forma de diluir seus riscos. “Os vencedores são os que oferecem a menor taxa ao tomador.”
Para sobreviver, o Fairplace cobra taxas, tanto do tomador quanto do credor. Quem pede dinheiro paga 5% do total requisitado, caso a dívida dure um ano, e 8% do total para débitos de dois anos. Do investidor é cobrada uma taxa de administração de 2% sobre as parcelas recebidas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dados operacionais Fairplace novembro de 2010

Aumento no percentual de atrasos

Neste mês de novembro tivemos um significativo aumento no percentual de atrasos em nossa carteira, impactando o retorno mensal de nossos investidores e os percentuais de atraso em todas as faixas de score. Por conta disso passamos a ser mais rigorosos na aprovação dos pedidos listados e intensificamos nossas ações de cobrança, firmando uma nova parceria. A partir de Novembro a Wayback (www.wayback.com.br ) passou a atuar em conjunto com a Fairplace na cobrança da carteira de inadimplentes.
 

A Wayback

Presente no mercado desde 1991, a Way Back é a empresa de cobrança que mais cresceu nos últimos anos, possuindo hoje sete escritórios nas principais cidades do Brasil e atendendo a um grande número de clientes em todo o País.
Especialização: Atuante no mercado de recuperação de créditos desde 1991, a Way Back desenvolveu um sistema de trabalho que integra as fases extrajudicial e judicial da cobrança, fato que lhe confere maior conhecimento da relação credor-devedor.Resultado deste modelo, a Way Back Law Office oferece ao mercado um serviço focado, por meio de uma estrutura jurídica própria e cientificamente especializada em cobrança judicial e assuntos correlatos.
Capilaridade: A Way Back Law Office conta com a parceria de 250 escritórios de advocacia situados nas principais cidades do país, prontos para atuar localmente porquanto durem as ações judiciais de seus clientes. Vale ressaltar que todos os escritórios são criteriosamente selecionados e formalmente contratados, tudo em nome de uma aliança sólida e duradoura.
 

Média do retorno realizado pelos investidores

Alt
O retorno médio realizado da carteira de empréstimos da Fairplace, que inclui todos os retornos obtidos pelos usuários, no mês de Novembro/2010 foi de 1,09% a.m.
 

Evolução do Retorno Médio Acumulado

Alt

Distribuição dos investidores por faixa de retorno em Novembro/2010

Alt

Carteira Fairplace - posição em 30/11/2010

Alt
O conceito apresentado é o de valor a receber dos contratos, ou seja, se um tomador deve no total R$ 1.500,00 e tem 1 parcela em atraso no valor de R$ 100,00, o valor computado em atraso é R$ 1.500,00, que é o valor total devido (consideramos em atraso todo o contrato, e não só a parcela vencida).
 

Composição da Carteira por Score

Alt
Esta é a distribuição dos valores dos contratos vencidos por Score, lembrando que os valores vencidos não significam perdas, mas apenas atrasos, e não devem ser comparados com a probabilidade de perda por Score que divulgamos de cada candidato.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

No aperto: 30% da renda dos brasileiros está comprometida até o Natal

SÃO PAULO - Os consumidores estão com 30% da renda comprometida até o Natal, mostra estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Fractal.
“Os resultados apontam para um consumo movido a crédito e para uma inflação de demanda sustentada pelo estímulo ao endividamento excessivo”, afirmou o diretor presidente do instituto, Celso Grisi.
O especialista critica o fato de dados apontarem que o endividamento das famílias brasileiras é um dos menores do mundo. Segundo ele, o Ministério da Fazenda compara o grau de endividamento do Brasil ao dos países desenvolvidos e conclui que a proporção do endividamento das famílias em relação ao PIB (Produto Interno Bruto) é baixa.
Segundo o levantamento, 11% dos endividados declararam que não será possível pagar suas dívidas. “As famílias consumiram muito. Entretanto, os números apontam para sua fragilidade financeira”, ressalta Grisi.
Para Grisi, a elevação das taxas de juros pode agravar ainda mais o quadro de comprometimento da renda das famílias e tornar a inadimplência um fenômeno expressivo no quadro creditício no primeiro semestre do próximo ano.

Alimentos

A pesquisa mostra que os gastos com alimentação foram os mais significativos, considerando a população entrevistada na cidade de São Paulo. Dos pesquisados, 26% concentram os ganhos com produtos desse grupo.
Considerando a baixa renda, 32,5% concentram os gastos com alimentos. “Esse comportamento explica o uso intensivo de cartões de crédito nos supermercados, em todas as classes”, afirma Grisi.
Para ele, contudo, com a alta dos preços e dos juros, será preciso equilibrar o orçamento familiar e, para isso, as despesas devem ser reduzidas.

Endividamento

Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgado na segunda (6), mostra que, em novembro, 52,4% das famílias brasileiras estavam endividadas.
A pesquisa revela que as mulheres estão mais endividadas que os homens: 53,62% têm dívidas. Dessas, 10,37% estão muito endividadas, 17,86% mais ou menos endividadas e 25,39%, pouco endividadas.
Já entre os homens, 49,43% estão endividados, sendo que 7,39% estão muito endividados, 16,2%, mais ou menos endividados e 25,82% estão pouco endividados.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Empréstimos Online: Tudo o Que Você Deve Saber Sobre Social Lending

Quando se fala de empréstimos online, geralmente, se pensa no pedido de empréstimo feito através de um módulo online

Na realidade, assim como a Internet e as redes sociais influenciaram as mídias e o marketing com as dinâmicas virais, elas também estão influenciando fortemente os produtos financeiros como os empréstimos.

Um sistema de empréstimo, ou melhor, de micro-crédito gerido com dinâmicas sociais é chamado de Social Lending, ou empréstimos P2P.


Se você ainda não conhece os empréstimos sociais, eis o que deve saber:

Qual é a diferença entre o Social Lending e os empréstimos tradicionais?

Nos empréstimos normais é o banco que lhe empresta o dinheiro, no Social Lending são pessoas físicas como você que lhe emprestam.

Se não me concedem um empréstimo em um banco posso obtê-lo em um desses sites?

Dificilmente. Mesmo nos empréstimos sociais online o rating do requisitante é calculado (o risco para os investidores que lhe emprestam o dinheiro). Se você é considerado de alto risco para um banco, provavelmente o será também online.

Tenho que dar garantias para pedir um empréstimo?

Não, ou pelo menos, não da forma exigida pelos bancos.

Então, posso não restituir o meu débito? Não dei nenhuma garantia mesmo…

Em teoria, sim, mas considere que não se obtém altas quantias de dinheiro com o Social Lending. E não saldar uma pequena soma de dinheiro comporta a impossibilidade de utilizar de novo esta oportunidade no futuro, e para sempre, além de ser inscrita no Cadastro de Serviços de Crédito brasileiro. Convém?

Se são pessoas físicas como eu que emprestam dinheiro, então, eu também posso emprestar.

Exato. Em uma plataforma de Social Lending você pode se inscrever tanto para pedir empréstimos quanto para investir dinheiro emprestando a quem pede.

Se eu quero emprestar dinheiro e o requerente não tem que dar garantias, que garantias eu tenho?

Não existe um limite máximo de dinheiro que você pode investir, que é subdividido em partes.
Entretanto aconselho seriamente a você diversificar os seus investimentos, isso limita o seu risco e evita especulações.
Consequentemente, a pessoa que pede o empréstimo também receberá o dinheiro de um vários investidores, não só de um.

Mas, qual é a taxa de juros?

Este ponto é, talvez, o aspecto mais interessante dos empréstimos sociais: a taxa de juros é estabelecida por quem pede o empréstimo. O requerente apresenta o pedido especificando a soma, as motivações do pedido e a taxa que está disposto a pagar.

Mas, então posso pedir um empréstimo com uma taxa baixíssima!

E quem vai querer lhe emprestar? São as leis da oferta e da procura. Se a taxa for muito baixa ninguém lhe oferecerá dinheiro, e você será obrigado a reapresentar o pedido aumentando a taxa. Portanto, como você pode ver, não é nada mais, nada menos que as leis de mercado, com a diferença que os bancos estão fora do jogo.

Concluindo

Espero ter conseguido explicar o conceito de empréstimo social. E esteja atento ao fato de que cada plataforma de Social Lending tem as suas próprias regras, por isso considere as informações deste post como uma orientação genérica.
Eis algumas plataformas de empréstimos peer-to-peer:

  • Zopa
    O precursor, o primeiro site de empréstimo social do mundo, sediado no Reino Unido.
  • Prosper
    Líder do setor nos Estados Unidos.
  • Kiva
    Orientado a microcrédito a favor de países pobres, sediado nos EUA.