segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Seis em cada dez brasileiros vão usar 13º salário para pagar dívida

Pagar dívidas é o destino do 13º salário da maioria dos brasileiros. Segundo pesquisa da GfK obtida pela Folha, 60,6% das pessoas que vão receber o benefício usarão os recursos para quitar débitos.
De acordo com o levantamento, que ouviu 400 pessoas em 12 regiões metropolitanas do país, essa finalidade vai consumir em média 42% do 13º dos entrevistados.



O percentual sobe entre as classes C e D (54% em média), mas também é alto entre as pessoas de alta renda (32% nas classes A e B). Isso indica que o endividamento não é reflexo
apenas da carência de dinheiro, mas também da impulsividade e da falta de planejamento.

A boa notícia é que, de acordo com a pesquisa, o segundo principal destino do 13º dos brasileiros (em média 20% dos recursos) será a poupança e os investimentos, o que mostra a intenção em se precaver para as necessidades futuras ou juntar para comprar itens de maior valor.

Presentes e viagens são o terceiro e o quarto maiores focos de gastos. Até porque dinheiro também é consumo e lazer.



segunda-feira, 22 de novembro de 2010

4 DICAS PARA INVESTIR NO FAIRPLACE COM O MELHOR RISCO/RETORNO

Pessoal, como os investimentos P2P estão ainda no começo em nosso país, é muito difícil encontrar artigos com dicas e aconselhamentos para a montagem de portfolio junto ao Fairplace no Brasil, objetivando uma melhor equação de risco/retorno, portanto, tento traduzir e resumir alguns artigos interessantes encontrados na web.

È importante salientar que nem tudo que se aplica aos americanos obrigatoriamente funcionará para nós aqui no Brasil, portanto, leia, reflita, forme suas convicções e somente após estas etapas, execute as suas decisões.

Este artigo baseia-se num debate online com Scott Langmack, um veterano investidor do Lending Club, uma empresa que presta serviços de empréstimos P2P,  que tem um retorno médio de 12,6% nos últimos dois anos, lembrando que os títulos americanos pagam hoje uma taxa média de 2,50% a.a. (T NOTE 10).
Durante o seminário, Langmack compartilhou algumas dicas para seu “portfolio” ser capaz de "bater a média", em relação ao risco/retorno.

 O que segue é um resumo de quatro dicas para maximizar os risco/retornos.


1. A diversificação é essencial;

Langmack argumentou que, para alcançar a estabilidade máxima, você precisa possuir mais de 400 empréstimos em sua carteira. Supondo que você invista o valor mínimo de R$ 50,00 em cada empréstimo, você terá em carteira R$ 20.000,00. Essa é uma tarefa bem difícil para muita gente, e pode ser demorado para montar uma carteira desse tamanho.



A boa notícia é que ele não está dizendo que você não deve investir com menos. Pelo contrário, ele está dizendo que com menos empréstimos ativos,  menos previsível o seu retorno será. No nível de 400 empréstimos, a lei dos grandes números toma conta e seu retorno torna-se muito mais previsível.


Em outras palavras, se há uma taxa padrão esperado de inadimplência de (digamos) 5% para um grau determinado de crédito, você pode estar certo de que você vai chegar em 20 empréstimos com inadimplência se você comprar 400 notas. Se você comprar apenas 10 notas, no entanto, é bem possível que você vai ter azar e acabar com 2-3 empréstimos em default.


2. Avalie a estabilidade no emprego do Tomador do empréstimo;


Quando for analisar o Tomador para efetuar o empréstimo, não basta olhar apenas para a renda mensal dele, dê uma olhada no que a pessoa faz para viver, e quanto tempo ele está fazendo isso.

Se o Tomador é recém contratado, ou com pouca experiência em um negócio, caso seja empreendedor, preste muita atenção, porém, em contrapartida, os funcionários públicos principalmente os concursados eliminam em 99% este risco, que é um dos fatores principais que desencadeiam uma inadimplência futura.

3. Selecione o tipo de empréstimo;

Quando os empréstimos são listados no Fairplace, o Tomador faz uma pequena explicação para justificar o empréstimo. O problema desse modelo é que você está confiando na honestidade do Tomador. É primordial ao efetuar um empréstimo saber o motivo que originou aquele empréstimo pois reflete diretamente nas taxas de inadimplência futura.

No topo da pirâmide estão os empréstimos para cobrir férias ou casamentos, ou para re-financiar dívida de cartão de crédito a uma taxa mais baixa. Esses empréstimos têm uma taxa média de inadimplência de 2%.

Em seguida estão os empréstimos para comprar um carro ou comprar outros produtos, despesas médicas, reformas nas casas, ou despesas de mudança. Esses empréstimos têm uma taxa média de inadimplência de 3,5%.

Finalmente, temos os empréstimos para consolidação da dívida, despesas educacionais e para empreendimentos comerciais. Esses empréstimos têm uma taxa média de inadimplência de 5%.

Claro, que há algumas zonas cinzentas aqui ... Como você distingue entre alguém de refinanciamento da dívida de cartão de crédito contra alguém tentando consolidar suas dívidas? Enquanto o primeiro é sem dúvida um movimento positivo de dinheiro, este último pode ser que o último ato de um devedor desesperado. Infelizmente, a distinção entre os dois pode depender de um julgamento.

4. Selecione sua taxa de retorno esperado;

O último passo é determinar que tipo de retorno que você está procurando, bem como quanto risco você pode tolerar. Na extremidade inferior, Langmack diz que você pode obter retornos de 7-8% com "baixa volatilidade" e "risco muito baixo", investindo em empréstimos de alto risco. Eu acho que o verdadeiro montante de risco continua a ser visto e refletido, mas as taxas históricas de reembolso parecem apoiar o seu ponto de vista.

Langmack está procurando retornos superiores a média, na faixa de 12% a.a. (EUA), em outras palavras, ele pula da categoria A e categoria B, e vai direto para os empréstimos de maior risco. Como mencionado acima, escolhendo cuidadosamente seus empréstimos e utilizando essas dicas, essa estratégia resultou em um retorno de 12,6% anuais.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

7 lucrativas razões para se tornar um investidor de empréstimos P2P:

  1. Boa rentabilidade - Desde maio de 2010, os investidores estão ganhando um retorno mensal acima de 2% ao mês. Veja os dados operacionais neste blog.
  2. É simples - O dinheiro é investido em um consórcio de empréstimos feitos para os tomadores de crédito. O cadastro é rápido e fácil.
  3. É Seguro - Muitos tomadores solicitam crédito, mas menos de dois em cada dez tomadores são aceitos pela comunidade de empréstimo.
  4. É fácil – Você monta sua carteira de empréstimos segundo os seus critérios. Os investidores devem diversificar os seus investimentos através de dezenas ou centenas de empréstimos.
  5. Você define sua taxa de retorno – Você define a sua taxa de acordo com os seus critérios levando em consideração a equação risco/retorno. Os tomadores pagam uma parcela fixa durante 12 ou 24 meses.
  6. É flexívelVocê pode reinvestir os  pagamentos de juros e do principal de cada mês ou retirá-las, como uma renda auxiliar para ajudar nas despesas mensais.
  7. Fazer o bem - Muitas pessoas acham gratificante poder ajudar outras pessoas a atingir suas metas financeiras, e ajudando a diminuir o monopólio dos juros exorbitantes praticados pelas financeiras no Brasil.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dados operacionais do Fairplace em outubro de 2010

Média do retorno realizado pelos investidores em Outubro/2010

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O retorno médio realizado da carteira de empréstimos da Fairplace, que inclui todos os retornos obtidos pelos usuários, no mês de Setembro/2010 foi de 2,55% a.m. antes das provisões, e 2,30% a.m. após as provisões.
 

Distribuição dos investidores por faixa de retorno

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Carteira Fairplace - posição em 31/10/2010

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A Carteira de empréstimos na Fairplace superou em Outubro 1,9 milhão de reais totalizando 421 empréstimos realizados.
O conceito apresentado é o de valor a receber dos contratos, ou seja, se um tomador deve no total R$ 1.500,00 e tem 1 parcela em atraso no valor de R$ 100,00, o valor computado em atraso é R$ 1.500,00, que é o valor total devido (consideramos em atraso todo o contrato, e não só a parcela vencida).
 

Composição da Carteira por Score

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Esta é a distribuição dos valores dos contratos vencidos por Score, lembrando que os valores vencidos não significam perdas, mas apenas atrasos, e não devem ser comparados com a probabilidade de perda por Score que divulgamos de cada candidato.

Se você ainda não começou a investir, faça como os mais de 2000 investidores que já estão obtendo retornos significativamente maiores que outros investimentos do mercado.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Compare as taxas de juros do mercado com a do Fairplace e faça a sua escolha!

As taxas de juros das operações de crédito voltaram a cair em setembro, registrando a quarta redução neste ano, de acordo com a pesquisa da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) divulgada nesta quinta-feira.
Das seis linhas pesquisadas para consumidores, uma teve a taxa de juros elevada e três apresentaram redução (veja tabela abaixo). Na média, passou de 6,75% ao mês em agosto para 6,74%, o menor patamar na série histórica, iniciada em janeiro de 1995.
Essas reduções podem ser atribuídas, na avaliação da entidade, ao bom momento pelo qual passa a economia brasileira, à normalização do mercado externo após o período de grande turbulência provocado pela crise nos países europeus, à normalização do crédito no mercado internacional, à redução dos índices de inadimplência e à maior competição no sistema financeiro.

Taxas de juros para consumidores, em agosto e setembro
Comércio - de 5,68% para 5,65%
Cartão de crédito - 10,69%
Cheque especial - de 7,45% para 7,47%
Empréstimo pessoal (bancos) - de 4,73% para 4,69%
Empréstimo pessoal (financeiras) - de 9,60% para 9,56%

Você que pretende contrair um empréstimo, recomendo seriamente em utilizar os serviços do Fairplace, por 5 motivos abaixo relacionados:
  1. Juros bem mais baixo
  2. Parcelas fixas
  3. Sem taxas escondidas (manutenção de conta, extrato e etc...)
  4. Prazos de ate 24 meses
  5. Sem vendas casadas (seguro, consorcio, titulos de capitalização)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Como ganhar um dinheiro extra com empréstimos P2P

O empréstimo P2P está se tornando rapidamente uma nova forma de criar fluxos de renda com alta rentabilidade, embora haja riscos envolvidos, há vários métodos que podem reduzir os riscos para os investidores e oferecer proteção contra a inadimplência.

Se você está procurando uma maneira lucrativa de ganhar um dinheiro extra todos os meses, os empréstimos P2P merecem certamente uma consideração.

Se você ainda não está familiarizado com o funcionamento de empréstimo P2P, posso lhe dizer que é realmente muito simples. Em vez de ir a um banco para tomar um empréstimo tradicional, uma pessoa irá visitar o site do Fairplace. Ele vai solicitar um pedido de empréstimo e futuramente os investidores irão tomar ciência deste empréstimo. O Fairplace antes de publicar a solicitação do empréstimo, irá avaliar o rating de crédito do tomador para determinar a categoria do grau de risco, analisar a documentação solicitada e verificar alguns dados pessoais.

Após a verificação, a solicitação do empréstimo será publicada, e os investidores irão verificar e analisar se eles querem assumir esse risco. O interessante desta modalidade e que o Fairplace permite a partilha de empréstimos, de forma que o risco estará pulverizado, por exemplo, se alguém precisa de um empréstimo de R$ 5000, em vez de um investidor oferecer todo o montante, vinte investidores podem oferecer R$ 250 cada um. Os pagamentos dos juros e as amortizações serão divididos igualmente entre os credores com base no valor inicialmente investido. Como em tudo, certifique-se de diversificar os investimentos, o ideal é que você tenha PELO MENOS de 30-50 empréstimos separados.

O retorno médio da carteira em setembro de 2010 foi de 2,27% ao mês. Tome muito cuidado com esse número, pois é essencial diversificar e manter muitos empréstimos para ter uma alta rentabilidade. Há investidores que conseguem quase o dobro desta rentabilidade média, entretanto, com um risco muito alto, o que, pessoalmente, eu desaprovo, ainda assim, 2,27% a.m. é muito melhor que a conta poupança, que paga 0,5% + T.R. ao mês. 

Embora seja um pouco mais arriscado do que um fundo de investimento, o retorno é muito mais atrativo, pois você poderá ganhar de duas a quatro vezes o montante dos juros sobre o investimento. 

É importante salientar, que existe o risco Brasil, que é referente à fundamentação legal deste serviço, uma vez que a legislação brasileira é omissa e não há, até este momento, nenhuma regulamentação por parte dos agentes governamentais brasileiros.

Quando você for investir em P2P, é importante encontrar um site que lhe fornecerá as ferramentas que você precisa para ter sucesso. O Fairplace, por exemplo, tem um sistema para as cobranças de dívidas, pois na ocorrência de uma inadimplência, o Fairplace precisa ser capaz de lhe proporcionar uma cobrança ética, profissional e, acima de tudo eficiente. Outra ferramenta bastante eficaz é a análise de rating fornecida pela Serasa Experian.

Atualmente, o Fairplace não permite os pedidos de empréstimo de tomadores com rating de crédito inferior a C, o que reduz consideravelmente a quantidade de risco total, mas mesmo assim, você deve investir em tomadores com graus mais altos de crédito. Faça um teste, depois de conseguir certa experiência você poderá pensar em expandir seu horizonte de investimentos.

Enquanto não há, uma solução mágica quando se trata de simplesmente ganhar dinheiro, você poderá ganhar um retorno extremamente agradável sobre seus investimentos P2P e obter o benefício de gerar múltiplos fluxos de renda em datas diferentes. Se você tem apenas uma pequena quantia para investir e você não quer deixar na poupança com rendimentos mínimos, considere seriamente investir em um empréstimo P2P.

Tenha em mente que qualquer negócio tem seus riscos, mas os benefícios dos empréstimos P2P pode compensá-los. Ao escolher o tipo certo de empréstimo, você poderá reduzir seus riscos e gerenciar seus investimentos. Comece pequeno e assim que começar a obter retornos maiores você poderá investir mais dinheiro. Em geral, os empréstimos do P2P são divertidos e lucrativos, quando bem gerido. 
 
Tenho lido que os empréstimos P2P são viciantes, pessoalmente, estou bem inclinado a este vício.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Média das taxas de juros do LendingClub classificadas por Rating

Segue quadro com as taxas de juros históricas do LendingClub, por classificação de rating.

TAXAS DE JUROS HISTÓRICAS (CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)


Site inovador ajuda investidores a emprestar dinheiro

Atualmente, cerca de 40% dos que tomam empréstimos pelo site são da classe C e 22% da classe D, sendo que os investidores estão nas classes A e B

Após ter conhecido, em 2008, um site de empréstimos pessoais voltado para americanos, o economista paulista Eldes Mattiuzzo resolveu dar uma guinada de 180 graus em sua vida. Em março de 2009, deixou o emprego de 15 anos em um dos maiores bancos do país, para empreender um negócio próprio e inovador no Brasil: criar o primeiro site de empréstimos entre pessoas para brasileiros, chamado Fairplace.

Mattiuzzo gastou o ano de 2009 e o início de 2010 para desenvolver o projeto, focado no microcrédito, com empréstimos de até R$ 5 mil. Para criar a plataforma eletrônica, investimento inicial de R$ 1,1 milhão, foi atrás do Centro de Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec) da USP, para aprender mais sobre o processo de desenvolvimento de uma nova empresa e aprimorar a estratégia de marketing. Também se associou a outros três empreendedores: Mattiuzzo ficou com 55% do negócio, e cada um dos seus sócios, com 15%.

O Fairplace busca unir duas pontas. De um lado, procura investidores que desejam emprestar dinheiro. Do outro, procura interessados em obter crédito em melhores condições que as ofertadas pelo mercado. Oferece dois grandes atrativos para os emprestadores: o primeiro é o retorno, um empréstimo de risco médio rende de retorno 2,78% ao mês a quem deu o dinheiro - quase quatro vezes mais do que o rendimento da renda fixa. O segundo atrativo é que o investidor pode avaliar o perfil de quem está necessitando de dinheiro. "A maioria dos investidores tem um lado rentista, mas olha com muita atenção esse lado social. Ele vê se a pessoa está precisando do dinheiro para comprar livros, para entrar numa faculdade", diz.

Com as pontas amarradas, o Fairplace chegou à internet em abril deste ano, tornando-se o primeiro site do gênero na América Latina. Os primeiros três meses do negócio estão bem acima do previsto inicialmente no plano de negócios. "Temos 10 mil usuários cadastrados, 2,3 mil investidores e mais de R$ 1,2 milhão em empréstimos feitos", afirma Mattiuzzo.

A expansão não deve parar por aí. Hoje, com os quatro sócios, trabalham outras seis pessoas na Fairplace. A expectativa é de que esse número cresça. "Já estamos em processo de contratação. Até o fim de 2010, seremos 15 pessoas", afirma. De abril deste ano até abril de 2011, a previsão é de que o site tenha 30 mil usuários cadastrados e um volume de empréstimos de R$ 5 milhões.

Atualmente, cerca de 40% dos que tomam empréstimos pelo site são da classe C e 22% da classe D, sendo que os investidores estão nas classes A e B. Cerca de metade dos que obtêm dinheiro pelo site buscam crédito para renegociar dívidas, principalmente de cartão de crédito. Há muitos finaciamentos para abrir um negócio próprio ou para ampliar estoque de produtos.

Nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, essas comunidades de crédito pessoal pela internet estão ganhando espaço como opção para obter dinheiro em um momento em que grandes bancos dos países desenvolvidos passam por dificuldades. Consultorias internacionais estimam que, no mundo, esse sites de crédito pessoal movimentam mais de US$ 650 milhões, uma cifra bastante considerável.

sábado, 6 de novembro de 2010

A bolha imobiliária estoura em 3 meses

Com a frase acima Elvis Pfutzenreuter, autor de Ganhando Dinheiro com Opções e Investindo no Mercado de Opções, dá um ultimato para o oba oba que tomou conta do mercado de imóveis. A minha posição vocês já conhecem, levanto a bandeira da existência da bolha já faz um bom tempo, mas quando vai estourar ? Mistério.


A frase “A bolha imobiliária estoura em 3 meses” foi título de um post direto e objetivo, onde as únicas palavras postadas foram: “Quem avisa, amigo é.”

Na semana seguinte ele publica outro post com as “explicações”, e que agora será publicado aqui no Clube para sua leitura. Concordo com tudo o que ele disse, e você?

O estouro da bolha imobiliária, explicado
Como bem disse um dos que comentaram no post anterior: bolha se chama bolha porque ninguém sabe quando vai estourar. Então, concordo com quem acha minha “previsão” um tanto arrogante, furada, ou as duas coisas.

Devo também esclarecer aos neolulistas de plantão, que se ofendem com a menor sugestão de que há algo de errado no Brasil: o “estouro” que estou “prevendo” não será uma hecatombe, não será nada parecido com 1991, ou com 1998 onde estivemos perto de ter um novo calote na dívida interna, no estilo Plano Collor (ééé, faltou pouco pra acontecer, o boato na época correu forte). Será simplesmente um ajuste, deprimente para alguns mas bem-vindo e necessário no geral.

Nem tampouco é medo da Dilma, ou do Serra (porque há motivos para temer um e outro). O ajuste virá, e a minha curiosidade é saber a) quem estará no leme; e b) como reagirá.

Devo ainda declarar, para ser honesto, que odeio imóveis. Eu e o Robert Kiyosaki (autor do livro “Pai Rico, Pai Pobre”) somos simetricamente suspeitos quando emitimos opiniões sobre imóveis…
Dito isto, devo dar minhas razões pelas quais acredito que um forte ajuste, no mercado imobiliário e talvez em outros, se avizinha:

1. A coisa óbvia: os imóveis no Brasil estão muito caros
Quando um imóvel custa mais caro no Brasil que nos EUA, há definitivamente alguma coisa errada.
Por mais que os neolulistas argumentem da pujança brasileira e crise estadunidense, convenhamos em termos absolutos eles ainda constituem uma economia muito mais forte, com muito mais poder de compra. E pra completar, vamos enxergar o óbvio ululante, eles têm quase o dobro de população com um território do mesmo tamanho!
Não confundam isso com “síndrome de vira-lata”, é perfeitamente possível ao Brasil chegar a estar melhor que os EUA. Basta continuarmos a crescer e eles continuarem a decair. É como disse um amigo meu que meteu-se a técnico de futebol society: “um pega um, outro pega o outro e o outro faz o gol”.
Parece fácil, mas enquanto nós temos Petrobras e Vale, eles têm Google e Apple. Vai demorar um pouco (na minha opinião), vai demorar praticamente pra sempre e no ínterim diversas bolhas hão de formar-se e estourar. Não é este processo que vai salvar-nos do estouro da bolha presente.

2. A coisa menos óbvia: o custo de vida no Brasil está muito, muito alto
Esses tempos participei de um workshop e dois espanhóis estavam presentes. Eles queixaram-se, e bastante, do custo das coisas no Brasil. Tudo bem que fizemos a maioria das refeições e das compras no Shopping Recife, certamente um dos lugares mais caros que há. Mas mesmo assim, foi revelador.

Umas semanas antes, eu tinha ido à Munique e estranhei o *baixo* custo das coisas por lá. Mais um sinal de alerta. Fiz uma refeição no hotel (que costuma ser a forma mais cara de se alimentar) e paguei 10 euros.

Um padrão que costumávamos observar apenas em eletrônicos, é que o brasileiro paga costumeiramente o dobro ou o quádruplo que o americano ou o europeu pelos mesmos produtos. A má notícia é que esta disparidade está invadindo todos os demais bens de consumo, e chegando inclusive à alimentação.

Uma das desculpas para se viver ou investir no Brasil era o baixo preço de algumas coisas. Por exemplo, automóveis são caros, mas possuir uma residência era barato. Isto acabou. Residências estão caras, e pior, a proporção entre os dois se manteve: possuir um bom automóvel tornou-se proibitivo.

Restava a desculpa da mão-de-obra barata. Em que outro lugar do mundo se pode ter uma diarista ou empregada? Mas isto também está acabando, inclusive por razões boas: necessidade de assinar carteira, Bolsa-Família, aumento do salário mínimo. Sou totalmente a favor de remunerar bem o trabalhador. Empregada fixa é coisa pra rico em qualquer lugar civilizado. Mas quem achava que o Brasil era a “superpotência com empregada doméstica”, vai ter de rever seus conceitos.

Veja a nossa renda… esta continua muito menor que nos EUA e na Europa. E aí, como é que fica? Uma distorção como esta não pode durar para sempre.

Talvez a faceta mais triste deste processo é ver o quilo da picanha subir de R$ 8 para R$ 24, e aí todo aquele povo que recebe salário mínimo, Bolsa-Família ter tido acesso a uma alimentação mais interessante, e novamente ver seu tapete puxado.

3. Em algum momento, o estoque da dívida tem de estabilizar
Ainda falando sobre automóveis, eu considero que alguns tipos de carro estão com custo proibitivo. Por exemplo, uma picape cabine dupla custa R$ 150 mil ou mais. Um Porsche deve custar bem menos que isso no resto do mundo.

Por este preço, ninguém deveria comprar picape. No entanto, de cada quatro automóveis que passam na rua, um é picape ou SUV. Como é que se explica?

Será que tem *tanta* gente rica assim, e o meu salário ficou para trás? Porque na minha visão, o sujeito pode comprar um carro que custe até umas 6 vezes o salário mensal. Ou seja, para comprar um SUV de R$ 150 mil, o feliz dono teria de ter um salário de R$ 25 mil.

Tem tanta gente ganhando R$ 25 mil mensais, consistentemente? É claro que não. O que existe é gente comprando carro em 60, 72, 84 vezes. Como a vida útil de um automóvel é bem menor que 7 anos, obviamente há um crescente endividamento no Brasil.

Aí entra o mercado imobiliário: gente de classe média “normal” comprando apartamentos de R$ 600 mil, para pagar em 30 anos. Poderia perfeitamente comprar um imóvel em Miami com este dinheiro, mas compra em… São Paulo. Ok, o sujeito agora tem casa própria, mas não vai comprar uma casa nova todo ano. Em vez disso, vai estar ocupado pagando os R$ 600 mil que deve — dinheiro que ele deixará de gastar, deixará de alimentar a economia.

4. Os imóveis ganharam as manchetes
Tem aquela velha história apócrifa, que o Rockefeller pulou fora da Bolsa quando o sapateiro dele alegou estar ganhando dinheiro com ações.

Algo parecido está acontecendo com imóveis: todo mundo está falando disso, Embora “correlação não seja causalidade”, é bastante típico uma modalidade de investimento azedar uns poucos meses depois que vira capa de revista.

E um número enorme de pessoas meteu-se a negociar imóveis, construir geminados e prediozinhos. Pelo menos em Joinville, há uma construção do gênero em quase cada quarteirão. Numa busca rápida e rasteira à memória, contabilizo cinco pessoas próximas (amigos, parentes) envolvidos com investimento em imóveis, neste momento.

Isto me lembra a moda das factorings dos anos 1990. Cada um que tinha um dinheirinho sobrando tratava de abrir uma factoring, e descontar cheques pré-datados cobrando 8% ao mês. Invista R$ 1000 hoje e compre uma Ferrari em três anos (o baixo preço dos automóveis na época ajudava neste raciocínio). Quantos sobreviveram?

5. Estamos na fase da negação da bolha
Entre ganhar as capas de revistas e azedar, há uma fase que é a “negação da bolha”. Em 2009, havia comentários sobre o temor de uma possível bolha imobiliária. O fato é: enquanto há um certo temor, a coisa está sob relativo controle. Agora, quando a manada entra na fase da negação (chegando ao ponto de vituperar os “pessimistas”), aí definitivamente o estouro está próximo.

6. A taxa de juros brasileira está numa encruzilhada
Taxas de juros altas são ruins, todo mundo concorda. Mas taxas de juros baixas demais também são. Em minha opinião, a taxa de juros brasileira está quase que exatamente em cima da linha. Na verdade, um pouco mais para “alta”, devido aos recentes aumentos, em minha opinião acertados, mais um ponto para o Lula.
Há um versinho que diz “Não gosto de policiais mas pelo menos eles policiam. Não gosto de banqueiros mas pelo menos eles bancam. (…)” O verso depois acaba falando mal dos advogados, mas é esta primeira parte nos interessa: a profissão do banqueiro é bancar. Se a taxa de juros fica baixa demais, não vale mais a pena bancar, e ele tentará coisas mais arriscadas ou mesmo estúpidas com o estoque de dinheiro parado. E o sistema bancário perde a sua função precípua.

É de certa forma o que aconteceu nos EUA: as baixíssimas taxas de juros, que foram o método do George Bush para adiar o estouro da bolha imobiliária estadunidense, empurraram os banqueiros de investimento para o perigoso mundo dos derivativos e securitizações, como o subprime. Em vez de ganhar 2,5% ao ano brutos com juros, tenta-se ganhar 5% ao ano, que ainda é pouco, em coisas muitíssimo mais arriscadas.
O “ponto ótimo” da taxa de juros é diferente em cada país. Por exemplo, a Europa sempre teve taxas-base mais altas que os EUA. A taxa-base brasileira é difícil de baixar de 9% ao ano, porque há a inflação, e há lugares mais atraentes, e mais seguros, para obter esta mesma remuneração.

O governo está numa encruzilhada: se aumentar a taxa de juros, entram mais dólares e afeta o câmbio, se baixar, o consumo (já muito aquecido) aumenta ainda mais. E há o eterno déficit nas contas públicas a ser coberto (superávit primário é um mero buzzword contábil que desconsidera os juros pagos pelo governo).
O governo tem masturbado a taxa de juros desde o Plano Real mas está chegando a hora da verdade, onde outras engrenagens da economia (e do governo) terão de ser ajustadas.

Aí vem a curiosidade sobre o próximo presidente: fará ele(a) a coisa certa, ou dará uma de George Bush, adiando o estouro para 2015, quando então será muitíssimo mais retumbante?

7. O Brasil e o mundo cheiram a 1971
Esta padronagem “EUA em baixa, Brasil em alta”, ufanismo, descoberta de jazidas de petróleo, governo confundindo opiniões divergentes com ameaça às instituições, tudo isso tem cheiro do 1971 de Médici. Uns dizem que a História se repete, outros dizem que não, mas as semelhanças são muitas.

O que eu acho que não vai acontecer é uma quebra da Bolsa (parece que a BOVESPA caiu uns 80% em dois anos depois do pico de 1971), porque já tivemos um forte ajuste em 2008-2009, e os investidores estão escolados.

Assim como o Médici e o Delfim (por sinal, amicíssimo do atual governo, mais uma coincidência) adiaram maldosamente o estouro da bomba para a era Geisel, acredito que o próximo presidente a ser eleito no próximo domingo herdará uma bomba para desmontar.

Como hoje em dia as coisas estão melhores em muitos aspectos, dá pra desmontar a bomba sem explodir, dá pra fazer melhor que o Geisel. Mas há quem veja muitas semelhanças entre Dilma e Geisel, assim como entre Serra e Dilma. Quem viver, verá.

8. Não é possível vender imóveis a descoberto (facilmente)
Alguém sugeriu que eu vendesse minha casa e recomprasse daqui a meio ano, pois segundo minha própria previsão, ganharia um bom dinheiro. Não é uma idéia de todo tola, mas onde eu moraria neste ínterim?

Imóveis são, por sua natureza e também pela burocracia, difíceis de negociar. Demora para vender, mudar-se é aborrecidíssimo, escritura custa caro… existem diversos fatores que inibem a rápida negociação, o que permite às bolhas crescerem ainda mais antes de finalmente estourarem.

Em particular, não se pode vender um imóvel a descoberto. Não posso alugar um imóvel para vendê-lo, como é possível fazer com uma ação. Isto cria a falsa impressão de que imóveis só podem aumentar de valor.

Conclusão
“Não se pode construir prosperidade permanente baseada em dinheiro emprestado.” — Abraham Lincoln
O presente boom imobiliário é alimentado pela expansão do crédito, que não pode durar para sempre, e mantém a característica brasileira de concentração populacional em poucas e insalubres cidades grandes, impedindo uma, digamos, “criação de valor” com a interiorização do desenvolvimento. Preço do imóvel está definitivamente acima do valor, assim como estava abaixo do valor no início dos anos 1990.

Mais um detalhe sobre o estouro da bolha
Além da forte expansão do crédito, existe um outro combustível não-renovável alimentando o boom imobiliário: o FGTS. Como as regras de uso do FGTS para compra de imóveis foram flexibilizadas (não conheço as regras exatas mas diz-se que dá pra comprar praticamente qualquer imóvel, seja usado, na praia ou o que for) muita gente entreviu aí uma oportunidade de “sacar” o FGTS em vez de deixá-lo parado.
No plano individual, não vejo problemas em se fazer isso, o FGTS é uma aberração; transformá-lo em algo mais palpável como imóveis ou ações é perfeitamente válido, no plano individual.

Agora, analisando do ponto de vista macro, é óbvio que o “estoque” de FGTS disponível para comprar imóveis não vai durar muito. Definitivamente não se pode interpolar esse aumento de procura para o futuro.

O outro problema do uso do FGTS é que ele embute um certo “dano moral”. Como é um dinheiro com o qual não pode se contar (e por isso é que eu chamei de aberração), estamos sempre tentados a realizá-lo sem contar tostões. O sujeito tem 50 mil no FGTS, compra algo que na verdade vale 25 mil, mas ainda assim acha que está “no lucro” porque sabe Deus de que outra forma, e quando, ia ver a cor desse dinheiro.

E é claro, essa “queima” do FGTS infla o mercado imobiliário. Ouso dizer que o atual nível de preço dos imóveis só “existe” porque há FGTS e crédito para alimentá-lo. No mercado à vista ele não existe, ninguém paga na pedra o que se está a pedir por um imóvel hoje, salvo melhor juízo (eu, pelo menos, não pagaria).

Repetindo, até acho bacana o governo permitir que se use o FGTS para alguma coisa. Não é um erro do governo; é um meio-acerto. Ideal mesmo seria liberar para mais usos, ou melhor ainda, deixar sacar e pronto.

Distribuiria o “impacto” do aumento temporário do poder de compra para todas as áreas.
Elvis Pfutzenreuter, é autor de Ganhando Dinheiro com Opções e Investindo no Mercado de Opções.

Créditos: Matéria original publicada no site www.clubedopairico.com.br

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

10 coisas que um Gerente de Banco nunca vai lhe falar!

1. "O QUE EU OFEREÇO É SEMPRE BOM PARA O BANCO, MAS NÃO PARA VOCÊ"

Quem pensar no gerente do banco como um consultor financeiro pessoal corre o risco de acabar fazendo péssimos negócios. Quase todas as recomendações dos gerentes atendem aos interesses do banco, não aos do cliente. Não é desonestidade pessoal, mas o resultado da forma como os bancos trabalham.

O gerente é um vendedor que tem metas a cumprir para os principais produtos: cheque especial, títulos de capitalização, seguros, poupança , e seu emprego depende de atingir essas metas todos os meses. Obviamente, as metas são estabelecidas de modo que os produtos mais oferecidos sejam aqueles que fazem o banco lucrar mais e, portanto, custam mais para o cliente.

O resultado é que, em um determinado mês, o gerente vai jurar para você que os títulos de capitalização serão o melhor negócio do mundo. No mês seguinte, será a vez da poupança e, depois disso, virão os seguros.

"Por mais persuasivos que sejam os argumentos, não compre o que o seu gerente quer vender, a menos que o produto seja adequado a seu perfil de investidor."

2. "VOU COBRAR DIVERSAS TARIFAS SEM AVISAR"

Muitas vezes os bancos escondem tarifas em seus serviços, que somente serão notadas bem mais tarde, quando chegar a conta. O analista de sistemas Delman Ferreira, de Brasília, imaginava que financiar a compra de seu Polo zero quilômetro em um banco seria melhor do que parcelar na concessionária. As taxas costumam ser menores, e é possível pensava Ferreira evitar gastos como a taxa de abertura de crédito (TAC) cobrada pela financeira da concessionária, normalmente muito superior àquela dos bancos. Por isso, em fevereiro de 2010, Ferreira parcelou a compra em 60 prestações de R$ 943,00. Para pagar a primeira parcela, o analista de sistemas abriu uma conta no banco e depositou R$ 1000,00.
Ao consultar a instituição, dias depois, o analista teve a desagradável surpresa de ver um saldo negativo de quase R$ 300,00. O banco cobrou para manter o limite do cheque especial e a conta aberta. A emissão de extratos também foi cobrada.

3. "O JURO DOBRA SE VOCÊ ESTOURAR O CHEQUE ESPECIAL"

O cheque especial está entre os seis produtos mais rentáveis de qualquer banco. Não é para menos. Em junho de 2010, segundo o Banco Central (BC), os juros cobrados eram de 7,8% ao mês ou mais de 145% ao ano. É uma taxa altíssima. O que poucos clientes sabem é que a conta fica se é que isso é possível ainda mais salgada se os gastos ultrapassarem o limite estipulado pelo banco. Nesse caso, o cliente entra numa linha de crédito específica chamada Adiantamento a Depositante, que tem uma taxa de juro de cerca de 15% ao mês, o que representa estratosféricos 435% ao ano. O cliente também paga uma tarifa média de R$ 20,00 para cada cheque emitido nessas circunstâncias. O peso disso em qualquer empréstimo pode ser demonstrado por um cálculo simples. Imagine um cliente com limite de cheque especial de R$ 1000,00 e que custa 7,8% ao mês. Se, por um descuido, ele passar a dever R$ 1500,00 no cheque especial, terá de pagar por mês R$ 78,00 sobre o limite, R$ 75,00 sobre o excesso de limite e mais R$ 20,00 referentes à tarifa. Se cair mais um cheque, além dos juros, o banco vai cobrar novamente a tarifa de R$ 20,00. São taxas elevadíssimas, mas sua aplicação pelos bancos é perfeitamente legal. Por isso, a recomendação é evitar ao máximo usar o cheque especial e nunca, nunca superar o limite.

4. "SACAR DINHEIRO COM O CARTÃO DE CRÉDITO É CARO"

O cartão de crédito funciona como meio de pagamentos e como forma de o banco emprestar dinheiro automaticamente para o cliente. Por isso, quase todo cartão de crédito permite ao usuário sacar dinheiro em caixas automáticos. Pouca gente sabe. porém, que os encargos que incidem sobre essa operação são salgados. O saque é um empréstimo no cartão, e as taxas médias são de 9% ao mês. Além disso, o usuário paga de R$ 1,95 a R$ 8,00 por saque. O cliente que fizer três saques de R$ 10,00 vai levar R$ 30,00 em dinheiro e terá de pagar R$ 24,00 em juros e tarifas, 80% do total sacado. Esses detalhes constam do contrato do cartão de crédito, mas poucas pessoas se preocupam em lê-lo.

5. "NÃO CONHEÇO BEM OS PRODUTOS DO BANCO"

Em fevereiro de 2010, o engenheiro mecânico paulista e Ph.D. em finanças Marcos Crivelaro decidiu investir R$ 10.000,00 reais em um dos fundos do banco onde tinha conta. Saiu da agência de mãos abanando. Ele havia escolhido um fundo, mas seu gerente não conhecia o produto e, portanto, ignorava que só esta aberto para captação em quatro dias no ano, das 10 às 15 horas. "Até pouco tempo atrás, o fundo não constava nem da tabela de rentabilidade que o banco envia aos clientes", diz Crivelaro.

6. "OS JUROS DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO SÃO O DOBRO DO QUE PARECEM"

Comprar um imóvel com financiamento do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) parece ser um ótimo negócio. Os juros variam de 6% a 12% ao ano, mais a variação da Taxa Referencial (TR), que costuma ser menor que 3% ao ano. Aparentemente, são taxas muito mais amigáveis do que a média das cobradas pelos bancos. Na prática, porém, outros custos farão o mutuário pagar quase o dobro de juros. Além dos juros, os bancos costumam cobrar uma taxa de administração do contrato que varia de R$ 12,00 a R$ 80,00. Além disso, o mutuário geralmente tem de pagar dois seguros, um por morte ou invalidez permanente e outro por danos físicos ao imóvel. Juntos, eles representam cerca de 9% do valor da prestação, segundo cálculos do professor Rafael Paschoarelli , doutor em finanças pela Universidade de São Paulo e autor do livro A Regra do Jogo (Editora Saraiva, 180 págs.).

Há mais duas taxas no financiamento: a de vistoria do imóvel e a de verificação da documentação. Além disso, o mutuário deve pagar o imposto de transmissão de bens intervivos (ITBI) equivalente a 2% do valor do imóvel, para que o dinheiro do financiamento seja liberado.

Para ter idéia do peso desses adicionais, Paschoarelli simulou um empréstimo de R$ 150.000,00 com taxa de 12% ao ano mais TR. "O comprador paga cerca de r$ 15.000,00 a mais nesses penduricalhos, além dos juros", diz ele. Sua recomendação é fazer as contas com cuidado.

7. "PAGAR DÍVIDAS ANTES DO PRAZO CUSTA DINHEIRO"

O cliente endividado que resolver quitar seu débito com o banco fará um mau negócio. Nesse caso, o banco deverá cobrar uma Tarifa de Antecipação de Crédito, que, na média, é igual a 10% do valor a ser quitado. "Para o banco, não é interessante que você pague a dívida antecipadamente porque, nesse caso, ele não vai receber os juros das parcelas restantes", diz Ricardo Almeida, professor do Ibmec São Paulo. "Se o cliente antecipar o pagamento, o contrato tem de ser revisto, o que gera custo para o banco." Segundo ele, o cliente tem direito de obter desconto na taxa de juro, mas dificilmente deixará de pagar a Tarifa de Antecipação de Crédito.

8. "MEUS FUNDOS DE VAREJO CONSERVADORES RENDEM POUCO"

Quando oferecem um fundo de investimento conservador a seus clientes, muitos gerentes comparam a rentabilidade do fundo com a da caderneta de poupança. "Como a poupança rende muito pouco, um fundo ruim parece ser um excelente investimento quando comparado a ela", diz William Eid Júnior, diretor do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, que realizou a avaliação dos fundos no Guia EXAME de Investimentos Pessoais.

Para evitar ser enganado por essa distorção, o cliente deve tomar um cuidado específico na hora de investir. Nesse momento, a rentabilidade dos fundos DI ou de renda fixa os mais conservadores do mercado deve ser comparada à variação das taxas do Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que balizam as operações realizadas entre bancos. Outro cuidado é prestar atenção na taxa de administração, que é a remuneração cobrada pelo gestor do fundo para administrar o dinheiro. Essa taxa é um percentual do total investido, e será cobrada todos os dias, independentemente do desempenho do fundo. Vale aqui uma velha regra do sistema bancário: quem tem menos dinheiro paga mais caro. Fundos de investimento mais populares, aqueles com depósito inicial mínimo de até R$ 1000,00, costumam cobrar as taxas de administração mais altas, que podem chegar a 5% ao ano. Nesses casos, sempre vale a pena perguntar ao gerente qual é a taxa de juro paga para aplicações em renda fixa, como os Certificados de Depósito Bancário (CDB), e compará-la com o desempenho do fundo.

9. "A PREVIDÊNCIA PRIVADA CUSTA MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA"

Responda rapidamente: qual é a taxa de administração de seu plano de previdência privada? E a taxa de carregamento? Não se sinta mal por não saber o que esses nomes significam. Milhares de investidores ignoram que os bancos cobram um percentual do patrimônio para gerir o dinheiro (a taxa de administração) e um "pedágio" sobre cada nova aplicação, para cobrir os custos operacionais (a taxa de carregamento). A taxa de administração oscila entre 1% e 4% do total investido, sendo que a média é de 2,3% ao ano. A taxa de carregamento pode variar de 0,5% a 10% de cada aplicação. Sua média, atualmente, é de 3,3%. Os planos de previdência também podem cobrar uma taxa de saída, que incide sobre os valores resgatados e, na maioria das vezes, é de 0,38% sobre o montante resgatado. "Juntas, essas três taxas, mais o imposto de renda sobre os rendimentos ou sobre o total resgatado que podem corroer a rentabilidade do plano", diz Marcelo D'Agosto, consultor da Investmate, consultoria especializada em finanças pessoais, de São Paulo. Como a previdência privada é uma aplicação de longo prazo por excelência, vale muito a pena procurar as menores taxas: a diferença é brutal depois de 15 ou 20 anos.

Por exemplo, o investidor que tiver R$ 1.000.000,00 aplicados vai pagar aproximadamente R$ 10.000,00 por ano a mais a cada ponto percentual suplementar de taxas cobrado pelo banco.

10. "CAPITALIZAÇÃO É UM PÉSSIMO NEGÓCIO"

Um cliente que precise elevar seu limite de cheque especial pode ser "convidado" a comprar um título de capitalização para oferecer "reciprocidade" ao banco. "Os títulos de capitalização são a pior besteira que você pode fazer com seu dinheiro", diz o professor Rafael Paschoarelli . A capitalização mistura poupança com loteria em que o investidor tem a chance de ganhar prêmios em dinheiro sorteados entre os clientes. "A capitalização é um investimento ruim e um jogo ineficiente, pois quem administra essa loteria cobra caro", afirma Paschoarelli. "É melhor arriscar na Megasena."

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Manual de Introdução ao empréstimo Peer-to-Peer (P2P)

Muitos de vocês já ouviram falar de empréstimo peer-to-peer através do site Fairplace. O site Fairplace começou em meados de 2010 e já atraiu mais de 2000 usuários. Os tomadores utilizam o site para refinanciar os juros elevados da dívida de cartão de crédito, de cheque especial, para reformar as suas casas, expandir seus negócios entre outros motivos. Os investidores são atraídos através dos rendimentos mais elevados do que normalmente estão disponíveis no mercado financeiro, tais como poupança, CDB ou fundos DI. Conheci alguns investidores que emprestam somente por gostarem de ajudar pessoas dignas que estão tentando restabelecer seu crédito. Eu comecei a investir em junho de 2010 e venho através deste divulgar os seguintes conselhos baseado em minha própria experiência, tentando auxiliar quem está pensando investir em empréstimo peer-to-peer.
 
1. Começe pequeno 
Tenha em mente que esses empréstimos não são garantidos é o modelo utilizado pelo Fairplace ainda pode ser motivo de questionamento perante os agentes governamentais. Outro problema é a questão da inadimplência dos tomadores, pois ainda é muito cedo para dizer como será a inadimplência ao longo da vida de um empréstimo de dois anos e como estas taxas de inadimplência se comportaram na indústria global de crédito. Dadas essas ressalvas, eu sugeriria uma alocação de um pequeno percentual de portfolio para essa classe de ativos.

2. Estabeleça uma política de investimento

Antes de iniciar a concessão de empréstimos, pense cuidadosamente em suas metas de investimento e a sua tolerância ao risco. Sua próxima tarefa é traduzir isso em uma política de investimento. Sua política de investimento é um conjunto de parâmetros concretos que determina quais os empréstimos que você compra e quais não comprarem. Por exemplo, você vai emprestar aos tomadores com alto risco de crédito (ratings B e C)? Qual é o máximo da relação parcela da dívida/rendimento que você vai considerar? Qual o rendimento mínimo do Tomador?

No Fairplace existem alguns relatórios de empréstimos que podem ser incorporadas à sua política de investimento. Usando o recurso de busca avançada, você pode filtrar o universo total de pedidos de empréstimo para apenas aqueles correspondentes aos seus critérios de empréstimo.

Sem uma política de investimento bem definida, a tendência é que os investidores persigam as taxas mais elevadas, pouco importando com as características dos tomadores, o resultado é que esses credores geralmente têm taxas de inadimplência mais elevada do que a média e o retorno dos investimentos inferiores à média.

3. Construa uma Carteira Diversificada

Assim como acontece com outras classes de ativo, você não pode comprometer muito o seu portfolio. Eu gosto de alocar meus empréstimos entre graus diferentes de crédito (AAA, A e alguns casos raros B), tamanhos de empréstimo, rendimento mensal e relação divida/rendimento. Sugiro que você espalhe seu investimento através de pelo menos 100 créditos e que você não permita que um único empréstimo represente mais de 5% da sua carteira global. Se os seus empréstimos são suficientemente diversificados, você estará em uma posição muito melhor para enfrentar a inadimplência.

4. Começe com pequenos empréstimos

Pessoalmente, eu realizo empréstimos fixos no valor de R$ 50,00 para os tomadores de rating A e B, e quando se trata de rating AAA, caso o risco de inadimplência for de 1,10% o valor emprestado será de R$ 75, 00, se o risco for de 0,70% o empréstimo será de R$ 100, 00, nunca mudo minha metodologia por melhor que possa parecer um empréstimo.

5. Desenvolva um modelo de taxas mínimas de juros

Como o Fairplace usa um sistema de leilão para calcular os juros, os Tomadores costumam colocar pedidos de empréstimo a uma taxa de juros pretendida, e você não deve entrar na onda desses pedidos e definir o que seria uma boa taxa para você e não para o tomador. Descobrir qual é uma taxa ideal de compra é o verdadeiro truque. Um dos maiores erros dos novos credores e efetuarem um lance com uma taxa muito baixa. Há uma abundância de outros pedidos de empréstimo para escolher, então não se preocupe se você perder alguns leilões. O importante é certificar-se que a taxa que você efetuou o lance em um empréstimo compensa adequadamente o risco do investimento.

Eu não vou colocar o meu sistema de licitação para você em detalhes, já que não existe uma maneira certa de fazer isso.
No entanto, vou lhe dar algumas dicas para usar como ponto de partida para criar o seu próprio.

Comece com a SELIC, a taxa amplamente utilizada no Brasil, que é de 10,75% a.ano momento da redação deste artigo. Essas obrigações do tesouro do Brasil são consideradas entre os investimentos mais seguros disponíveis, tanto que a taxa do Tesouro correspondente é muitas vezes chamado de “taxa livre de risco” na teoria de finanças aplicado ao nosso país.

Além da taxa livre de risco, devemos também ter em conta vários outros fatores, incluindo:
• Taxa cobrada pelo Fairplace – 2% dos recebimentos
• Prêmio Alocação – O que você terá que ganhar para correr o risco (ex: IGPM/IPCA)
• Risco de Default – probabilidade de inadimplência


A Fairplace cobra uma taxa anual para serviço de cada empréstimo. Atualmente, essa taxa e de 2% sobre o montante dos recebimentos. Como um investidor você vai querer repassar esse custo para o mutuário.

Os empréstimos podem ser pagos antecipadamente, o que significa que o mutuário pode pagar antecipadamente o empréstimo sem nenhuma penalidade.
 Além disso existe o custo de alocação de capital, uma vez que trata-se de um empréstimo diferenciado com riscos diferenciados. Eu aplico como metodologia a taxa do IGPM anual que me possibilita um ganho real acima da inflação.

Finalmente, uma vez que estes empréstimos não são garantidos, o risco de inadimplência deve ser uma parte importante na composição do valor de juros a ser cobrado. O site fornece ferramentas e estatísticas que você pode usar para medir o prêmio de risco de crédito para as classes diferentes.

taxa de juro credor = taxa livre de risco + taxa fairplace + prêmio alocação+ prêmio inadimplência

Taxa livre de risco (SELIC)=               10,75%
Taxa Fairplace=                                  2,00%
Premio de Alocação=                          5,35% (IGPM anual)
Prêmio de Inadimplência=                   9,80%  (rating A)
TOTAL=                                           27,90% (prêmio mínimo exigido de rating A)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nota Oficial do site Fairplace à respeito de informações publicadas na Mídia

Com extrema surpresa tivemos ciência de reportagem permeada de fatos inverídicos publicada no ultimo dia 03.11.2010 pelo veiculo jornalístico Correio Brasiliense acerca da Fairplace Comunidade de Empréstimos. 

Referida reportagem no causou forte indignação por se revestir de caráter muito mais opinativo do que investigativo, tendo em vista que o veiculo jornalístico sob comento, contra o qual manejaremos as devidas medidas legais, limitou-se no texto publicado a reproduzir fatos desconexos com o sistema operacional da Fairplace, bem como com seu arcabouço jurídico.

Como temos massivamente divulgado a publico, seja através do site da Fairplace, seja por meio de varias outras reportagens sérias e que se preocuparam em analisar e compreender o real funcionamento de nossa comunidade (como por exemplo a publicadas na Infomoney, Epoca, Estadao, Isto É, et c.), as atividades por nós desempenhadas carregam em si o peso da inovação e como qualquer novidade é normal e até desejável que surjam dúvidas, fatos com os quais nunca nos preocupamos tanto mais porque sempre consignamos que pretendemos atuar em estreita conformidade com a lei e com a maior transparência possível, valores pelos quais sempre zelamos em todas as nossas comunicações e maneira de agir. 

Vale dizer que embora tenhamos realizada tentativas de contato com o Correio Brasiliense na expectativa de esclarecer os fatos, comprovando a real estruturação das atividades da Fairplace para em seguida solicitarmos uma nota de esclarecimento ao público, em momento algum fomos atendidos com a atenção que o assunto merece, de forma que as falsas impressões tidas pelo jornal em questão foram transmitidas como se tivesses sido apurados e investigados os fatos e o negocio o que em momento algum ocorreu. 

Deixamos claro que a Fairplace é a favor da liberdade de expressão e imprensa, bem como de criticas ao seu modelo de negocio, pois entendemos que as mesmas, desde que embasadas e revestidas da seriedade e imparcialidade necessárias, são construtivas ao aprimoramento de nossas inovadoras atividades.

Todavia, entendemos que os questionamentos advindos da inovação trazida pela Fairplace para o mercado de credito tem limites suficientes claros, pois se referem basicamente a duvidas quanto aos aspectos regulatórios e enquadramento legal em face a lacunas existentes na legislação a respeito do tema, que podem, em um primeiro momento, conduzir ao entendimento de que a Fairplace é emprestadora de dinheiro a juros acima dos legalmente permitidos, o que definitivamente não é o que se verifica na pratica. Porem nesse contexto estamos suficientemente confortáveis em manter dialogo aberto com os órgãos regulatórios (inclusive e principalmente Banco Central e CVM) a fim de comprovar que as atividades da Fairplace, embora novas, são revestidas da legalidade necessária, de forma que não ferimos qualquer norma de ordem publica em nosso agir.

Esse e um ponto fundamental e que deve ser esclarecido: a Fairplace não tem qualquer impedimento em dialogar com os oragos reguladores e se necessário se adequar a sugestões que venham por eles a ser apontadas.

Algo totalmente diverso, porém, é o que foi veiculado na reportagem do ultimo dia 03.11, quando o jornal Correio Brasiliense de forma precipitada, antiética e parcial, limitou-se a dar opiniões através do formato de reportagem jornalística, citando de forma desleal e inverídica que o Banco Central, em conjunto com o Ministério Publico, tem processo administrativo em curso contra a Fairplace, fato que impugnamos em sua integralidade tendo em vista que ate o momento não recebemos absolutamente nenhuma notificação, citação ou qualquer outro ato formal assemelhado que possa indicar que existe referido procedimento em andamento.

Ademais, igualmente repugnantes as afirmações constantes da reportagem do veiculo jornalístico em questão ao dizer que o próprio Banco Central entende que o sistema adotado pela Fairplace é típico da fraude conhecida como "pirâmide", o que novamente é completamente dissonante da realidade, eis que ate o momento nunca havíamos recebido qualquer tipo de associação difamatória como esta (ate porque o próprio sistema adotado pela Fairplace impede que seja implementado qualquer ilícito de forma "pirâmide" como sugerido maliciosamente pela reportagem").

Portanto, e em função dos vários argumento expostos nessa já extensa nota explicativa, vimos pela presente consignar nossa intensa REPULSA à maliciosa e antiética reportagem à qual atribuímos o caráter de opinião difamatória e inverídica veiculada por meio de veiculo jornalístico, incomodados com o sucesso da Fairplace, que nada faz alem de propiciar alternativas e condições justas de acesso ao credito, por meio de uma plataforma inovadora e em estrita conformidade legal, facilitando o acesso a um mercado reconhecidamente predador de seus consumidores.


--
Eldes Mattiuzzo
Fairplace Comunidade de Empréstimos

Dados operacionais do LendingClub em outubro de 2010






 

Os empréstimos classificados como "Issued", sao os empréstimos recentemente finalizados e que ainda nao efetuaram nenhum pagamento. Os dados sao referentes a outubro de 2010.



Status Loan Count Loan Dollars % ($) of
All Loans
% (count) of
All Loans
% ($) of
Billed Loans
% (count) of
Billed Loans
Issued 1655 $16,835,325 9.46% 9.06% 10.45% 9.96%
Current 13408 $131,276,400 73.75% 73.40% 81.45% 80.71%
Paid Off 1848 $16,240,900 9.12% 10.12% 10.08% 11.12%
< 30 Days Late 81 $853,775 0.48% 0.44% 0.53% 0.49%
> 30 Days Late 408 $4,231,925 2.38% 2.23% 2.63% 2.46%
Defaulted 868 $8,569,350 4.81% 4.75% 5.32% 5.22%

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Quadro comparativo das duas maiores empresas de empréstimos P2P dos EUA:

Quadro comparativo das duas maiores empresas de empréstimos P2P dos EUA:

P2P Lending Sites:

Lending Club
|
Prosper

|
Modelos de Emprestimos P2P:
Empréstimos Pessoais Yes Yes
Empréstimos Empresariais Yes Yes
Empréstimos para Educação Yes Yes
Valor maximo dos emprestimos (U$)
Valor maximo Pessoal $25,000 $25,000
Valor maximo empresarial $25,000 $25,000
Valor maximo educacional $25,000 $25,000
Qualificação minima
Minimo Credit Score 660 (TransUnion) 640 (Experian)
Parcela máxima do rendimento < 25% None
Taxas e Prazo dos emprestimos:
Taxas minimas e maximas (a.a) 6.39% – 21.64% 7.50% – 35.00%
Prazo 3 to 5 Years 3 Years
Mercado Secundario Investidores:
Emprestimos negociaveis Yes Yes
Pode vender os creditos Yes Yes
Taxa de negociação 1.00% 1.00%
Taxas cobradas Tomador
Taxa do devedor (Inclusa no emprestimo) 2.25% – 4.50% 0.50% – 3.00%
Multa cobrada por atraso $15 $15
Taxa cobrada por atraso $15 or 5% of payment $15
Penalidade Pagto. Antecipado Não Não
Taxas do investidor:
Taxa cobrada do investidor 1.00% dos pagtos. 1.00% do principal
Regulação Financeira
Titulos registrados na SEC Yes Yes
Investimento IRA (menos impostos) Yes No
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Peer to Peer Lending & Peer to Peer Loans: LendingClub

Prosper
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Para Debate: Pode os dados das redes sociais serem usados para reduzir os riscos dos empréstimos P2P?

O empréstimo P2P é em grande parte anônimo e inseguro. Para fazer com que os riscos de crédito sejam aceitáveis para o credor, os serviços de empréstimos p2p tiveram de implementar modelos e informações para auxiliarem os credores na tomada de decisão ao avaliarem a dimensão do risco de inadimplência.

O cálculo da estimativa do nível de risco não poderia vir da própria plataforma da empresa, tendo em vista que a mesma não tem antecedentes históricos e não poderia construir um modelo que "calcula" o nível de risco envolvido para o investidor. A conseqüência foi unânime em quase todas as empresas de empréstimo p2p, sendo estabelecido que terceiros seriam os fornecedores de dados histórico de crédito e pontuação de crédito. A Prosper, por exemplo, utilizam os dados Experian para mensurar a inadimplência prevista em função da classe de crédito. O site brasileiro Fairplace utiliza os serviços da Serasa Experian para fornecer aos investidores a inadimplência prevista para aquele tomador.

Ao longo do tempo tornou-se óbvio que o nível de inadimplência real na Prosper eram muito superiores aos níveis de padrão esperado, com base em dados Experian. Nós realmente não precisamos discutir aqui o que levou a isso (seja o desenvolvimento financeiro da economia, seja ele de que o empréstimo p2p atraiu os piores tomadores impactando negativamente o resultado esperado), mas o resultado foi que desde que os padrões eram muito superiores ao resultado esperado, o retorno esperado do investidor foi muito menor do que o esperado no momento do investimento. O mesmo resultado ainda não foi comprovado no Fairplace, pois a duração dos empréstimo vigentes ainda não nos permite uma avaliação perfeita das pontuações oferecidas pela empresa.

E isso não é específico da empresa Prosper. Vários outros serviços de empréstimo p2p mostram sinais claros de que os níveis de inadimplência vão superar os percentuais de inadimplência publicado inicialmente como esperado com base em dados externos.

O site Boober falhou devido a níveis de inadimplência, o MYC4, o Smava e o Schufa também estão sendo duramente penalizados pela inadimplência, a única exceção à regra é o Zopa do Reino Unido, que com sucesso consegue manter os padrões de inadimplência baixo.

Mas o que mais pode ser feito para melhorar a análise de crédito de um tomador? Obviamente uma avaliação mais rigorosa dos serviços de informação de crédito e das empresas de empréstimo p2p.
Exemplo: A Fairplace poderia ser mais rigorosa nas análises documentais e cadastrais, proibindo, por exemplo, um usuário de ser credor e devedor ao mesmo tempo, pois hipoteticamente falando o risco dele será maior que o apontado pela nota inicial fornecida pelo Serasa. Caso não haja essa proibição, impor a obrigatoriedade de informar que se trata de credor e tomador simultâneo.

Quando a Prosper começou, introduziu grupos de empréstimos - com base no pressuposto de que as relações desses grupos acrescentariam responsabilidade social para pagar o empréstimo. Um conceito que funciona bem em microfinanças, mas falhou na Prosper. Os grupos formados, raramente tinham laços entre os membros. Devido ao anonimato, não-contribuintes não precisavam temer a pressão social em caso de não pagamento. E a Prosper deu incentivos errados pagando grupo de líderes para recrutar novos mutuários.

Uma idéia interessante seria utilizar os dados das redes sociais como o LinkedIn ou Facebook. Essas redes crescem a uma taxa exponencial. Quase todos os usuários são membros em pelo menos uma, por exemplo, atualmente tenho vários contatos no Facebook, minha rede social mais usada.

Mas você deve estar perguntando, o que eu sei ou poderia saber, através da rede social sobre esses contatos (tomadores), que poderiam ser úteis na concessão de empréstimos p2p (da perspectiva de um credor):

* A sua situação financeira atual? talvez
* O seu nível de renda? talvez
* A situação de emprego e a empresa em que trabalham? Na maioria dos casos, sim
* Sua história de trabalho de educação e de passado? Em muitos casos, sim
* Posso avaliar se eles fizeram honrar seus acordos financeiros no passado? Somente em casos raros, onde tenho uma relação comercial há muito tempo e a pessoa é um empreendedor
* Posso dizer que estou convencido de que iria reembolsar um empréstimo, ou pelo menos fazer tudo o possível? Em alguns casos
• E em um nível mais emocional, que se resumiria a: Eu posso confiar neles?

Após o login, as redes sociais, não só me mostra quantos contatos diretos que tenho, mas também mostra o número de conexões de segundo e terceiro nível.

Para essas conexões de segundo e terceiro nível minhas respostas às perguntas acima não são respondidas nem de perto, pois sequer conheço a maioria deles.

Então, como poderia um serviço de empréstimo p2p fazer uso de dados de redes sociais e laços de rede social? Para o bem do debate, eu imagino o seguinte modelo:

TOMADORES: Primeiro o tomador precisaria estar pronto para renunciar ao anonimato nos seus pedidos de empréstimo. Isto gera um risco para o tomador. Mas lembre-se que os riscos incorridos pelo investidor são muito maiores, conforma descrito anteriormente.

Na verdade, tenho observado muitas listas, onde os mutuários voluntariamente divulgam a sua identidade. Não dando o seu endereço ou número de telefone, mas sim pela divulgação de informações como o nome, o site da empresa em que trabalha ou é proprietário ou através da indicação do seu endereço na rede social, o que faz com que a sua identidade seja de fácil acesso para a pesquisa. Existem muitos devedores na Fairplace utilizando fotos pessoais. Listas de devedores que divulgam informações pessoais são muito mais atraentes para os credores, do que aqueles que não fornecem informações pessoais.

Então vamos supor que existe um pequeno número de mutuários que estão dispostos a renunciar totalmente ao anonimato nas suas redes sociais. Para eles, uma benefício extra adicional durante o leilão poderia ser oferecido, como por exemplo, um teto máximo inferior de cobrança de juros, ao invés de 4,99% seria de 3,75%. Ou, uma cobrança percentual menor das taxas cobradas pelo Fairplace do tomador.

E quanto à privacidade dos dados? As conexões de rede social e os dados dos perfis são públicos de qualquer maneira, quando não são, os tomadores deverão liberar o acesso aos credores irrestritamente. A informação nova é a divulgação do processo. O impacto é diferente se o C foi perguntado "Você acha que A é confiável financeiramente" em relação “Você acha que ele pode pagar isso?”.

Será que os serviços de empréstimo p2p prosseguirão por esse caminho? Eu não sei. Será que isso funciona? Eu não sei. Poderia ser manipulado, se implementado como sugerido acima? Claro que sim. Eu acho que seria transparente? Não.

Mas eu sinto que todo o serviço de empréstimo p2p que conseguir adicionar um adicional, um item adicional de "confiança" não derivado de pontuação de crédito ou histórico de crédito, mas sim com base em conexões sociais, terá uma vantagem competitiva e poderá diminuir os riscos nas transações, gerando uma perpetuidade de negociações. O grande problema gerado por este sistema de empréstimos tem sido a inadimplência, nada melhor que estudar e conjuntamente achar uma solução razoável.

Se for factível sem renunciar ao anonimato do mutuário - melhor ainda. Então eu convido você para compartilhar suas idéias e opiniões sobre se e como os serviços de empréstimo p2p poderiam fazer uso de dados da rede social, voce podera se manifestar aqui ou no fórum do Diego Venâncio.